Criar tempo e espaço para  as nossas mamas

Criar tempo e espaço para as nossas mamas

Criar tempo e espaço para as nossas mamas. Cuidar dos seios de dentro para fora.

Criar tempo e espaço para as nossas mamas, honrá-las, observá-las, massajá-las é cuidar da nossa saúde física e emocional.

Se eu escrever a palavra “breast” no google e procurar por imagens, quase todas as imagens que aparecem são: ou sobre o cancro da mama, ou imagens sexualizadas de mulheres.

Se eu escrever a palavra mama no google, a maioria das imagens serão sobre amamentação ou cancro da mama.

Hoje falamos de mamas, o facto de ser Outubro é pura coincidência… ou não…

Segundo Maria Gimbutas, as primeiras imagens com seios surgiram na Europa, no Paleolítico, e estavam relacionadas com a Deusa Pássaro que representava a fonte divina de alimento (leite/chuva), e a capacidade de gerar Vida.

Os seios eram representados não apenas em figuras, mas também em amuletos, pendentes com dois pares generosos de mamas.

As mamas são de facto muito importantes, elas são as almofadas do nosso chakra cardíaco, sendo os mamilos as suas antenas.

É através dos nossos seios que damos e recebemos energia e é através do nossos mamilos que somos estimuladas pela vida, não apenas de forma erótica, mas por tudo aquilo que nos dá prazer.

As mamas são símbolos de amor, de dar e receber amor, e de estarmos abertas ao milagre que é a criação. De todas as Deusas da velha Europa, a Deusa Pássaro foi sempre a que mais me fascinou, o seu culto era muito popular na época Minoica.

Então no mês de Outubro fala-se sobre a prevenção do cancro da mama, é óbvio que é importante pensarmos em prevenir doenças, mas a maior prevenção de todas é sem dúvida saber criar tempo e espaço para ouvir o nosso corpo e tomar conta de nós mesmas. E as mamas são maravilhosas porque entre a esquerda e a direita elas equilibram a medida certa entre o dar e o receber e toda a bagagem emocional e espiritual que trazemos que torna este processo mais ou menos difícil.

Eu acredito em honrar o corpo.
Criar tempo e espaço para as nossas mamas.

Acredito que ao tocar os meus seios devo fazê-lo porque os amo e me amo, e não porque tenho medo deles. Acredito também que ter medo dos seios não é um bom caminho para prevenir doenças relacionadas com os mesmos. E todas nós de uma forma ou outra temos feridas, dores e memórias que precisam ser sanadas para termos saúde física, emocional e espiritual e nos podermos relacionar com a mamas de forma saudável.

Primeiro há que curar as feridas emocionais que estão alojadas no nosso tecido mamário, só depois podemos tocar e examinar os nossos seios, sem que isso se torne num castigo, ou num ato de medo.

A nível físico muito já se escreveu sobre a saúde dos seios, eu recomendo a leitura dos seguintes links:

http://www.drnorthrup.com/stop-pinkwashing-start-encouraging-breast-health/

e

http://www.drnorthrup.com/transforming-breast-self-exam/

Tanto um como o outro abordam a saúde mamária, falam sobre o significado dos seios no nosso corpo emocional, sobre prevenção de doenças, suplementos a tomar, cuidados com a alimentação e uma abordagem alternativa à apalpação dos seios. É uma abordagem muito diferente,  quem conhece a Dra. Christiane Northrup, pode imaginar.

A mim o que me atrai mais nesta abordagem, é que ela passa do medo para o Amor, e eu sei e tenho a certeza que onde há Amor puro, não há doença. Então passar do medo para o Amor é o primeiro passo tanto para prevenir, como para curar qualquer  desequilíbrio.

Também existe esta dimensão arquetípica dos seios.

Os arquétipos são as pontes entre o nosso mundo e o mundo espiritual. Como falei no início, os seios eram usados no Paleolítico como amuletos e estavam diretamente relacionados com a Deusa Pássaro, aquela que gerava a Vida e que nutria a Vida.

Na astrologia, os seios estão relacionados com a Lua, com a Alma, com o afeto, a recetividade, a casa emocional. Algumas de nós tivemos uma figura materna ausente, outras sofreram um corte drástico com a figura materna, outras sentiram-se mães demasiado cedo, não tendo recebido todo o amor e calor tão importantes à formação do Eu.

Há ainda a questão do espaço emocional e de nos sentirmos ou não invadidas no nosso espaço. Há muitas questões que podem acumular mágoas à volta do nosso tecido mamário.

Honrar os meios seios através da arte. Outra forma de criar tempo e espaço para as nossas mamas.

Trazendo todas estas questões para o meu dia-a-dia e inspirada pelo amuletos do paleolítico, eu quis entrar em contacto com o tecido emocional e espiritual dos meus seios, e decidi fazer um pequeno amuleto onde eu pudesse moldá-los, amá-los e curá-los e recomendo este exercício a todas as mulheres.

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É simples, na verdade, basta comprar pasta de modelar, fazer uma grande bola com ela, e com a almofada da mão dar um golpe no meio da bola, criando uma divisão, onde se poderá começar a trabalhar seio esquerdo e direito. Sugiro que usem um cristal no meio para representar o chakra do coração (lembro que é ele que rege os seios) e dois cristais pequenos para os mamilos. Eu decorei o meu amuleto com fios com cores e texturas, vocês podem deixar só com os cristais ou usar outros métodos de decoração.

Ritual de Lua Nova

A próxima Lua Nova em Escorpião traz (pela sua natureza) uma energia de transmutação que poderá facilitar o processo de ouvir as feridas emocionais dos nossos seios. Também pode ser boa ideia fazer este exercício em círculo com outras mulheres, uma vez que pode trazer ao de cima dores que vão precisar de colo e aconchego, e como as mamas falam da nossa relação com a Mãe Divina, ter mulheres do nosso lado com quem podemos chorar e a quem podemos entregar-nos pode ser extremamente curador.

Óbvio que este assunto tem pano para mangas e que há muitos padrões emocionais que poderão causar desequilíbrio aos nossos seios, mas…

Criar tempo e espaço para as nossas mamas.

Para honrá-las, observá-las massajá-las, cuidar da nossa saúde emocional, do nosso espaço, do equilíbrio entre dar e receber, é muito importante não só para prevenir doenças, mas principalmente para podermos viver a Vida em plenitude.

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