Eclipse Total da Lua 27 de Julho – Lua de sangue em Aquário, Lua de libertação, Lua de Assunção

Eclipse Total da Lua 27 de Julho – Lua de sangue em Aquário, Lua de libertação, Lua de Assunção

Eclipse Total da Lua 27 de Julho – Lua de sangue em Aquário, Lua de libertação, Lua de Assunção

Sabem, às vezes a vida monta o seu palco para nos oferecer um espectáculo cheio de beleza e esplendor, que nos pode alimentar, estruturar e fazer aguentar as marés mais vazias da alma. Porém, tal como os antigos olhavam para os eclipses com temor, sem saber se o céu lhes iria cair em cima, muitas vezes escondendo a cabeça por entre as pernas na hora do espetáculo, também a nossa mente muitas vezes pode nos pregar a partida de ficarmos mais preocupadas em dar significado ao que tememos, ao que é intenso, ao que quer ser transpirado pelos poros das nossas entranhas… do que realmente nos entregarmos a vivenciar as sensações que o nosso corpo nos pede para serem vivenciadas: Os preliminares do apogeu! Aquele que culmina (neste caso) no dia 27 de Julho com o eclipse total da Lua, o mais longo eclipse do nosso século, ou seja um espetáculo único a que vamos ter privilégio de poder assistir desde as 18h às 0h28, embora em Portugal é possível que seja visível apenas a partir das 21h20 já no seu apogeu.

A Astrologia trás consigo alguns perigos, como todas as coisas na vida que valem realmente a pena!

Um deles é ficarmos presas ao que poderá vir a ser, ou vítimas da justificação astrológica para aquilo que é… Às vezes em vez de nos levar à liberdade pode nos levar ao condicionamento, já agora quem fala de astrologia fala de qualquer outra arte que dê uma explicação externa ao que sentimos dentro de nós.

Não dá para darmos voz aos nossos demónios através da voz dos outros, nem dos nossos anjos, já agora. É preciso sermos nós a ter a coragem de parar, escutar e nominar.

Este eclipse no eixo Aquário/Leão do qual eu tenho vindo a escrever desde o ano passado, fala-nos da nossa voz. Da capacidade de a usarmos para expressar quem somos em verdade e totalidade, criando e recriando em nós e na sociedade de onde vivemos a forma de o fazer.

Sim… é preciso encontrar a forma de o fazer, parte da viagem da heroína passa por saber quais as ferramentas que cabem na sua bolsa e que são verdadeiramente úteis no seu caminho, se essas ferramentas não existem , não podem ser encontradas, então a heroína terá de as sonhar, criar, materializar por si mesma.

Então e se este fosse o último artigo que lês sobre o eclipse de dia 27, e ao invés de continuar à procura de mais informação e justificações para a intensidade que sentes, fosses escrever, cantar, dançar, caminhar com o ter próprio ritmo, o teu próprio balançar das ancas num lugar onde te encontres contigo mesma, e abrisses espaço para que a energia tão poderosa deste eclipse possa fluir dentro de ti, sem te preocupares com os aspetos astrológicos, com os trânsitos, com nada dessas coisas.

Noutros eclipses tudo isso faz todo o sentido, mas neste?

Aquieta a mente e desfruta…

Este eclipse é um presente da natureza, vai ser um espetáculo natural único neste século, a menos que estejas a contar com viver mais de 100 anos aproveita, deixa a curiosidade mental de lado esta semana, aquieta a mente e a ansiedade estando mais consciente da tua respiração, colocando por perto aquele frasco de óleo essencial que te aclama, indo mais vezes ver o mar, ou o rio, trazendo o caderno mais junto a ti, porque não ir para o trabalho por outro caminho, ou em vez de vir direta para casa, pára num jardim. Abre espaço para aprender com as crianças à tua volta como viver no momento, só durante estes dias, só até ao eclipse… Depois logo pensas no que foi, o que quis dizer, como podes aproveitar as energias, essas coisas todas que também fazem parte do nosso desenvolvimento.

Mas esta semana, só esta semana, tenta com toda a doçura colocar o medo, a necessidade de explicar, justificar, saber, em pausa, e usufrui de algo que este corpo que habitas só pode experienciar uma única vez. E talvez assim nesta grande abertura de portal, possas criar mais espaços na tua vida para estar Presente e apreciar por inteiro os milagres, os grandes espetáculos que acontecem todos os dias na nossa vida e que tantas vezes olhamos, reparamos, mas não os respiramos, não os trazemos até aos ossos onde poderão ser armazenados na memória celular de forma a servir de chão para quando a vida nos tira o tapete… sim a vida! Mesmo que faças tudo muito bem, vai tirar-te novamente. Tal como a morte também as marés baixas da vida são uma certeza, e nesses momentos será a tua reserva de momentos belos, cheios e plenos que irá te ajudar a querer levantar mais depressa, não percas este!

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