Lua Cheia Eixo Caranguejo/Capricórnio
Esta Lua para mim que vim de uma Lua Nova tão desafiante, está a ser um bálsamo.
O eixo Caranguejo/Capricórnio é o meu eixo de evolução, então nestes dias tenho estado em casa, curiosamente porque tantos planetas estão retrógrados sinto a oportunidade de saborear este eixo de forma mais plena e focada na nos meus planetas pessoais.
E posso começar por vos fazer perguntas relacionadas com esta Lua como por exemplo:
Como que fluidez ou rigidez andam a expressar as vossas emoções?
Como está o equilíbrio casa/trabalho?
Como anda a vossa ambição? Apagada ou a apagar a vossa vida íntima?
Até que ponto andam a reprimir as vossas emoções ou as emoções dos outros?
Até que ponto é que se resignaram com o estado das coisas?
Todas estas perguntas são válidas e reflectem o espectro desta Lua, mas não é sobre isso que quero falar…
Quero falar sobre tecelagem, sobre a Arte de Tecer a Vida, sobre tecer com esta Lua uma estrutura, um espaço sagrado onde é seguro ser vulnerável, onde é seguro libertarmo-nos das expectativas dos outros e das nossas, onde estamos protegidas do que o exterior projecta em nós e que tantas vezes nos esmaga.
Reparem bem na imagem, o que é que vocês vêm?
Uma moldura certo? Antes de mais uma moldura, que suporta, que apoia, que permite materializar alguma coisa, esta é a função do tear, ele é a ferramenta com a qual podemos construir a nossa visão maior, através da qual podemos expressar o Eu.
Quando somos crianças esta estrutura é nos dada pelos pais, arquetipicamente este é o papel do masculino, o que protege, o que provê, o que se certifica que existem condições para que a vida se propague, para que haja continuação no processo de trazer nova vida ao mundo.
E onde é que essa nova vida é gerada? No interior, dentro da moldura na intercessão entre a teia (fios verticais) e a trama (fios horizontais), aqui estamos no mundo do principio feminino, que cuida, alimenta, nutre, dá permissão, acolhe as primeiras quedas, as primeiras asneiras, os primeiros erros. Permite-nos chorar, rir, e aprender a linguagem das emoções.
Esta Lua fala-nos da nossa relação enquanto adultas com a estrutura masculina de prover, educar para o mundo, para a vida, a estrutura que nos permite ir para o mundo em segurança, física e emocional, e a forma como permitimos que a nossa vulnerabilidade, os nossos erros, as nossas tristezas e as nossas derrotas, em suma a nossa carência, se expresse e manifeste neste moldura que (na vida adulta) nos é dada pela sociedade e o papel que ocupamos nela.
Eu posso identificar-me totalmente com a minha vida externa, ou estar no conforto da familiar vida interna.
Na Lua Cheia somos convidadas a olhar para cada um dos pólos e ver a sombra do pólo oposto projectada, é uma oportunidade de integração.
Há algo muito interessante sobre o qual vos convido a reflectir durante esta Lua, até porque à luz dos próximos eclipses de Julho/Agosto que vão fechar o ciclo de eclipses Leão/Aquário, muitas pessoas foram chamadas para expressar a sua voz, a sua autenticidade, a sua criatividade. Muitas pessoas querem mudar de vida, de carreira, então agora reflictam nisto:
O que é que vos sustêm, protege e dá estrutura? Como é a qualidade desta estrutura? Ela permite-vos criar, ela é maleável e cresce e contraí convosco, ou mantém-se fixa sob qualquer circunstância? E como é que isso vos faz sentir? Presas, seguras, reprimidas, sufocadas, livres para poderem expressar as vossas emoções? Na vossa resposta não há certo nem errado, apenas a verdade, a vossa verdade, e o que vocês querem fazer com ela.
Pilares materiais e Pilares emocionais
Existem dois grandes pilares que nos sustêm e sob os quais evoluímos durante a vida: pilares materiais e pilares emocionais, não existe verdadeira estrutura sem estes dois tipos de pilares, em termos evolutivos vida material e vida emocional andam a par e passo. O tempo que Saturno demora a retornar a si mesmo é mais ou menos o mesmo que a Lua progredida leva a voltar ao local de nascimento. Estes grandes pilares avançam passo a passo e nesta lua temos a possibilidade de parar e fazer um “diagnóstico” das estruturas através das quais podemos viver e expressar quem somos.
Fica a reflexão.
Com carinho
Ana
Se te identificas com que acabaste de ler, talvez queiras assinar a minha newsletter mensal. A cada Lua Cheia eu envio um e-mail com novidades e inspiração.
Subscreve o correio da Lua Cheia
Aqui