O que significa ser “empático” e o que fazer quando a empatia se torna “demais”

O que significa ser “empático” e o que fazer quando a empatia se torna “demais”

O QUE SIGNIFICA SER EMPÁTICO E O QUE FAZER QUANDO A EMPATIA SE TORNA “DEMAIS”

Hoje em dia fala-se imenso de empáticos e empatia.

O Ser Humano é empático por natureza, quando uma pessoa não é capaz de sentir empatia é porque tem um distúrbio psíquico, que pode até mesmo ter origem química.

Sim, investigadores descobriram que temos uns neurónios chamados neurónios espelho, e que esses neurónios são os responsáveis pela nossa capacidade de sentir empatia. Em algumas pessoas esses neurónios estão mais adormecidos, e noutras extremamente activos.

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Hoje vamos falar sobre as pessoas que “sentem demais”

Ou seja, as que tem estes neurónios extremamente activos e cuja a capacidade de empatizar é levada a um extremo que pode muitas vezes parecer um distúrbio.

Uma pessoa no pico da escala de empatia, de certeza que não teve, ou não tem uma vida muito fácil.

Uma pessoa no pico da escala de empatia pode sentir que não tem pele, ou seja que toda a informação que recebe lhe chega diretamente à carne, sem filtro, sem proteção, como se estivesse exposta, aberta aos mais pequenos estímulos, cheguem eles através dos 5 sentidos ou de outras esferas mais internas.

E tudo, é muito para estas pessoas. Quando recebem emoções, informações negativas podem ficar completamente drenadas, mas quando recebem emoções positivas absorvem-nas e irradiam-nas como se fossem candeeiros de luz.

Na astrologia há uma série de interações entre planetas que nos podem indicar o grau de empatia de uma pessoa. E que tipo de filtros, ou defesas é que essa pessoa tem para se proteger do excesso de informação. Porque no fundo é disso que se trata.

Quando estás numa escala muito alta de empatia…

… Estás constantemente a ser retirada do teu centro, porque a tua identificação está sempre a ser projectada para fora, em vez de ficar dentro, e isto faz com que te canses com mais facilidade, que te esgotes sem razão aparente, que sintas dores no teu corpo físico e emocional e que muitas vezes tenhas ciclos repetitivos de pensamentos que nem sequer sabes identificar muito bem de onde vêm.

No entanto, e por outro lado, também és capaz de te alimentar e auto-regenerar com mais facilidade pois estás muito mais permeável à cura, venha ela de pessoas, animais ou do contacto com a natureza, consequentemente tens a capacidade de irradiar isso para fora, ajudando não só pessoas, como animais , plantas e toda a vida neste planeta e noutros planos também.

Repito, qualquer pessoa saudável é empática, ok? Parece é que nestes tempos onde o mundo está cada vez mais polarizado, que também a escala da empatia começa ela própria a polarizar-se.

Há cada vez mais pessoas com um nível de empatia muito elevado, e por oposição, pessoas com  níveis de empatia muito baixos (e na psicologia tais pessoas poderão ter patologias específicas, cada uma delas com contornos diferentes, como por exemplo, narcisistas, psicopatas e os tais vampiros energéticos de que se ouve falar tanto).

Agora, há uns anos atrás uma empatia desmedida também era considerada como uma condição patológica. O que se começa a entender por alguns psicólogos e psiquiatras mais sensíveis, é que um nível elevado de empatia pode ser justamente o que este mundo precisa para dar o salto para sairmos da separação  para a fraternidade.

Se tu tens um nível elevado de empatia e sofres desde criança com isso como eu, podes ler este último parágrafo e podes achar que o sacrifício é demasiado grande. Sim, ser empática “demais” dói. Dói no corpo, na alma e em outros cantos do Ser que nem conseguimos descrever. É uma condição extremamente vulnerável, com um impacto gigante na vida e nas relações, geralmente caracterizada por infâncias de isolamento profundo, culpa e responsabilidade onde  criança interior foi abafada desde muito cedo e muitas vezes ignorada. Mas aprendendo a viver com isso, curando e limpando as feridas do passado associadas a esta empatia desmedida e aceitando essa condição como parte integrante de ti, pode trazer-te bênçãos como nunca imaginaste.

A questão é, que se vibras numa escala alta de empatia tens de aprender a caminhar com a tua empatia, em vez de lutar contra ela.

Tens de perceber que tens necessidades básicas a serem respeitadas que podem ir contra as convenções sociais actuais e a tua própria educação. Que podes não conseguir responder às necessidades dos outros da mesma maneira que outras pessoas respondem, ou esperam que tu respondas (e isto inclui relações familiares, inclusive com os filhos).

Vou deixar aqui algumas práticas que são essenciais para a sobrevivência de uma pessoa com um alto espectro de empatia:
  • saber dizer Não e definir limites, sendo que os teus limites são só teus e mudam de tempos a tempos, às vezes precisam de ser mesmo rígidos e quase colados ao corpo, outras podem se expandir um pouco mais, é uma dança cujo compasso muda constantemente.
  • tempo e espaço para estar sozinha, pessoas empáticas só se conseguem realmente restabelecer quando passam tempo sozinhas, evitando estímulos.
  • conecta-te ao que te dá prazer e que une mente/coração/corpo.
  • pausas durante o dia para enraizar, seja através de caminhadas na natureza, visualizações, exercício físico etc…  – repito pausas várias vezes ao dia, uma não chega.
  • evitar ambientes com muitas pessoas ou muito estímulo, não podendo evitar, fazer uma oração de protecção e visualizares-te num saco cama transparente fechado, onde só entram as interacções energéticas que são BOAS para ti.
  • Perceber que não és tu que salvas ninguém  – Cada pessoa merece a dignidade de percorrer o seu próprio caminho.
  • Evitar ser depósito de problemas, em vez de permitires que a amiga te ligue vezes sem conta para falar dos mesmos problemas para os quais nunca parece haver solução, tenta interagir menos e quando estiveres sozinha centrada e bem alimentada (em todos os aspectos), pede por ela, envia-lhe amor e luz (vais ajudar muito mais assim).
  • dormir bem é essencial para uma pessoa com altos níveis de empatia, e isto pode significar pedir ao companheiro que de vez em quando durma noutro lugar, ou energeticamente visualizar uma parede no meio da cama, às vezes podes ter muita dificuldade em dormir se o teu companheiro ou companheira estão a passar por dificuldades. E se tu não dormes, não vais ter condições de ajudar ninguém, muito menos de te manter centrada.
  • Ter muita atenção ao corpo, ele é sábio, ele dá sinais assim que estás a entrar em “overload” e quanto mais rápido saíres do estímulo e te centrares, mais rápida será a tua recuperação – entenda-se aqui recuperação como: voltar ao centro.
  • andar descalça na natureza pode fazer milagres.
  • a água é muito importante, banhos de água e sal, ou sais de magnésio com lavanda, eucalipto ou hortelã-pimenta, nem que seja um escalda pés antes de dormir.
  • meditar…. meditar é sem dúvida uma ajuda imensa, porque com uma prática diária de meditação aprendes a identificar-te menos com os estímulos o que te ajuda a ancorar mais no teu centro, mesmo durante momentos e interações desafiantes.
  • evita notícias, a maneira como os midia fazem jornalismo hoje em dia, é nociva para todos nós, mas em especial para pessoas altamente empáticas.
  • exercício físico, seja ele qual for, é essencial para drenar as sensações que ficam “agarradas” ao teu corpo.
Se queres saber mais sobre o assunto, eu aconselho-te os seguintes livros:
  • The Empath’s Survival Guide: Life Strategies for Sensitive People da Dra. Judith Orloff
  • Dodging Energy Vampires: An Empath’s Guide to Evading Relationships That Drain You and Restoring Your Health da Dra. Christiane Northrup M.D.

Numa consulta de Astrologia podemos sempre olhar e determinar o teu grau de empatia e como essa empatia te pode apoiar no teu caminho e que estratégias podes adquirir para aprender a viver com ela, porque ela é um dom, ser altamente empático é uma bênção, pode parecer um paradoxo, mas… a nossa vida é feita deles não é?

Podes saber mais sobre as consultas de Astrologia aqui

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